AGRICULTURA
Especialista explica como o clima afeta culturas, pragas e nutrição das plantas e dá orientações para a safra
Com a chegada da primavera, a agricultura brasileira ganha um novo ritmo e os produtores precisam ficar atentos às mudanças climáticas que impactam diretamente o desenvolvimento das lavouras.
Segundo Muriel Rizental, professora de Agronomia da Una Jataí, integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, – o Ecossistema Ânima -, o aumento da temperatura e da luminosidade acelera o crescimento das plantas, mas a irregularidade das chuvas pode comprometer a germinação e o estabelecimento das culturas. “Culturas como soja, milho e algodão se beneficiam do aumento de luz e calor, desde que haja água suficiente. Períodos de estiagem ou chuvas intensas no início da estação podem reduzir a produtividade”, alerta.
Algumas lavouras são mais vulneráveis nesse período. Segundo a professora, feijão e hortaliças, por serem de ciclo curto, sofrem mais com variações hídricas, enquanto milho e soja podem ter seu desenvolvimento comprometido se o plantio coincidir com chuvas intensas ou períodos prolongados de seca.
O manejo do solo e a nutrição das plantas também exigem ajustes na primavera. “É essencial garantir boa drenagem, manter a cobertura do solo e realizar gradagem leve ou sulcamento para evitar erosão e conservar a umidade. A adubação deve ser planejada com base na análise de solo, podendo ser fracionada ao longo do ciclo para melhorar a absorção dos nutrientes e reduzir perdas”, explica.
A estação também favorece o surgimento de pragas e doenças. Entre as pragas mais comuns estão lagartas, percevejos e pulgões, enquanto fungos como ferrugem da soja, oídio e mancha foliar no milho se proliferam devido à umidade. Rizental recomenda monitoramento constante e manejo integrado para reduzir os impactos.
Diante da instabilidade climática, ajustar o calendário de plantio é fundamental. “Diversificar datas de semeadura, optar por variedades adaptadas e acompanhar previsões climáticas permite ao produtor se antecipar a períodos de excesso ou falta de chuva, reduzindo riscos de perda”, orienta a professora.
A tecnologia pode ser uma grande aliada nessa estação. “Sensores de umidade, estações meteorológicas e recursos de agricultura de precisão permitem acompanhar em tempo real as condições do solo e do clima, ajudando o agricultor a tomar decisões mais assertivas e reduzir perdas”, afirma.
Entre as principais recomendações para a safra de primavera estão: realizar análise e correção de nutrientes no solo, escolher variedades adaptadas, manter a cobertura do solo, monitorar a lavoura constantemente e adotar rotação de culturas e manejo integrado de pragas. “Com planejamento e uso adequado da tecnologia, os produtores conseguem reduzir perdas e otimizar a produtividade nesta estação tão dinâmica”, finaliza Rizental.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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